Colírio não brincadeira, pelo contrário, é coisa séria. Mesmo os lubrificantes, comercializados livremente em farmácias, podem trazer sérias complicações se utilizados indiscriminadamente.
Mais sério ainda são os colírios com ação de antibióticos e anti-inflamatórios, que só podem ser vendidos sob prescrição médica.
Pra te ajudar, listamos os colírios mais comuns e para que servem e como agem no olho.
Veja só!
Vasoconstritor
Este é utilizado para diminuir a vermelhidão dos olhos. Age contraindo os vasos sanguíneos, que diminui a passagem de sangue na região e deixa o olho com o aspecto mais branco.
Se utilizado sem recomendação médica – ou por um período de tempo maior que o necessário – o medicamento pode fazer os vasos perderem sua elasticidade, dando aos olhos um aspecto vermelho irreversível.
Além disso, após anos de uso frequente sem acompanhamento, os colírios vasoconstritores podem provocar alterações cardíacas, elevação da pressão arterial e aumento do risco de catarata.
Se o olho está constantemente vermelho, é porque algo está errado e é bom você visitar um oftalmologista.
Lubrificante
Também conhecido como lágrimas artificiais, o colírio lubrificante é vendido sem receita médica para umedecer os olhos, hidratando e evitando alguns desconfortos.
É muito utilizado para casos de olho ressecado, geralmente por conta do clima, ar condicionado, tempo prolongado na frente do computador e baixa lubrificação natural.
Ainda assim, é preciso cautela, pois boa parte destes colírios possui conservantes que podem desencadear reações alérgicas e piorar os sintomas de córneas secas em algumas pessoas.
Pra quem usa lentes de contato, a atenção precisa ser redobrada. A dosagem precisa de controlada, pois pode danificar o material da lente. Dependendo da composição, mais de seis aplicações por dia pode causar intoxicação nos olhos.
Antialérgico
A coceira é o principal sintoma de alergia ocular. Além disso, secreção, inchaço das pálpebras, ardência e vermelhidão fazem parte do quadro.
O colírio antialérgico é voltado especificamente para esses casos de conjuntivite alérgica, que são diferentes dos casos de conjuntivite infecciosa.
Somente um médico poderá identificar corretamente a causa do incômodo e recomendar o medicamento mais adequado.
Anti-inflamatório
É comumente utilizado em pós-operatórios, em conjuntivite de origem viral e inflamação na córnea.
Entre os colírios anti-inflamatórios, estão os hormonais (que contêm corticoides) e os não-hormonais. Os do primeiro tipo, principalmente, são bem agressivos, recomendados para casos graves de inflamação.
Também por ser muito forte e específica para determinadas doenças, a solução com corticoide deve ser prescrita pelo médico e não pode ultrapassar o tempo de uso previsto, podendo causar opacidade do cristalino, catarata, aumento da pressão intraocular, glaucoma e até mesmo perfuração da córnea em longo prazo.
Antibiótico
Os colírios antibióticos são usados para combater processos infecciosos provocados por bactérias.
Geralmente aplicado em casos de pós-operatório, conjuntivite bacteriana – caracterizada pelo prurido amarelado – e outras infecções na córnea dessa natureza, o antibiótico também requer receita médica.
Caso seja aplicado por tempo prolongado ou indiscriminadamente, pode tornar as bactérias que atacam os olhos mais resistentes, deixando os olhos mais vulneráveis a infecções e aumentar o risco de úlcera na córnea.
Anestésico
Embora o colírio anestésico alivie dores nos olhos, deve ter seu uso restrito ao médico para exames e cirurgias.
O uso abusivo ou inadequado desse medicamento pode provocar lesões graves na córnea.
Antiglaucomatoso
Pacientes com glaucoma precisam usar colírios regularmente. Essas soluções tratam de reduzir a pressão intraocular, diminuindo a produção de líquido no olho ou induzindo a drenagem adequada.
Por esta razão, só devem ser utilizados por recomendação médica e mediante apresentação de receita.
Quem aplica colírios para o controle do glaucoma também precisa ficar atento à quantidade exata de medicamento recomendada.
O uso exagerado pode provocar efeitos colaterais, como visão embaçada, arritmia, dores de cabeça, dificuldade para respirar e disfunção sexual. A fim de evitar complicações como essas e outras que podem ser irreversíveis, o acompanhamento médico é indispensável.
Recomendações de uso
Como é possível notar, o uso de colírios não significa um simples refresco para os olhos. Muito pelo contrário, deve ser tratado como qualquer outro medicamento.
Uma vez com o colírio certo em mãos, cuide para que sua aplicação também seja adequada. Verifique o prazo de validade do produto, lave as mãos antes de usar a solução e não encoste a embalagem no olho.
Importante também não compartilhar com outras pessoas, a fim de evitar contaminação – o colírio deve ser pessoal e exclusivo.
Ao aplicar, não pisque excessivamente para que o líquido não seja colocado para fora. Recomenda-se, ainda, que o cantinho interno do olho seja pressionado com o indicador logo após a aplicação.
E aí, já faz uso regular de colírios? Já segue as recomendações que deixamos aqui? Deixe sua opinião nos comentários!
E lembre-se: nunca subestime os efeitos de um colírio. Consulte um oftalmologista antes de usar qualquer destes medicamentos.