Você já ouviu falar na síndrome do olho seco? Trata-se de um problema que atinge aproximadamente 18 milhões de pessoas em todo o país, mas que muita gente não dá a devida atenção.
No entanto, deveria. É que a secura ocular pode ocasionar outras doenças, como a úlcera de córnea, ou sinalizar que a pessoa tem outras deficiências na visão. Inclusive, em casos mais graves, o distúrbio pode levar à cegueira.
Neste post, vamos falar a respeito da síndrome do olho seco, bem como sobre as causas, os sintomas, como tratar e prevenir a doença. Continue a leitura para saber mais!
O que é a síndrome do olho seco?
A síndrome do olho seco se trata de uma alteração na lágrima, que contém aproximadamente 100 substâncias responsáveis por limpar a vista e protegê-la de bactérias e vírus.
Tais componentes estão presentes em três camadas lacrimais — água, proteína e gordura. Para que o líquido ocular não evapore muito rápido, as moléculas se juntam cada vez que piscamos. Todavia, quem produz muita ou pouca gordura, por exemplo, tem predisposição ao ressecamento da visão.
Considerada um distúrbio crônico multifatorial, a síndrome do olho seco costuma ser mais intensa nos meses frios, quando em determinadas regiões há queda da umidade do ar.
Inclusive, qualquer modificação em um dos ingredientes da lágrima faz com que a córnea e a conjuntiva, ou seja, as membranas que recobrem o globo ocular, fiquem mais sensíveis às adversidades causadas pelos fatores externos, como poeira e micro-organismos.
Quais as causas da secura ocular?
A síndrome do olho seco pode ser causada por muitos fatores. Veja alguns deles:
- diminuição do conteúdo lacrimal ou a falta de qualidade das lágrimas que lubrificam a superfície ocular;
- queda na produção hormonal na fase da menopausa, no caso das mulheres;
- uso excessivo de ar-condicionado ou exposição ao vento e à poluição;
- ingestão em grandes quantidades de carboidratos, gordura e carne bovina;
- uso de lentes de contato, já que alguns modelos atuam como esponja, o que contribui para a secura dos olhos.
Quanto ao último item citado, a dica é optar por um produto que se mantenha hidratado por um longo período. Sendo assim, converse com o oftalmologista para descobrir qual é a melhor alternativa para você. O uso de lubrificantes e umidificantes podem ser essenciais para evitar o problema.
A doença também pode ser contraída se passarmos muitas horas em frente ao computador ou à televisão, pois isso compromete a lubrificação dos olhos. Em geral, piscamos de 14 a 18 vezes por minuto. Porém, quando estamos diante de uma tela, essa quantidade diminui.
Por esse motivo, os olhos ficam menos hidratados. Consequentemente, a limpeza da sujeira e da oleosidade que se instalam na superfície ocular não ocorre da forma adequada, o que provoca irritação, além de ressecamento.
Cuidados especiais
Pessoas que têm doenças autoimunes, como lúpus, e até mesmo foram diagnosticadas com certos tipos de tumores, também devem tomar cuidado com os sinais de secura ocular. O mesmo conselho vale para quem toma pílula anticoncepcional ou remédios para hipertensão, depressão e digestão.
Quais são os sintomas da doença?
Além da secura, é possível observar uma série de sintomas em pessoas que têm a síndrome do olho seco. São eles:
- vermelhidão;
- ardência e coceira;
- sensação de areia nos olhos;
- secreção ocular;
- baixa visão ou oscilação na vista.
É importante ressaltar que, na maior parte dos casos, indivíduos que estão com secura ocular ficam irritados quando expostos ao vento, pela sensação de que fragmentos de vidro estão sendo lançados aos olhos. Devido à sensibilidade na região ocular, o contato com a luz também pode gerar incômodos.
Como diagnosticar e tratar a disfunção lacrimal?
Há diferentes maneiras de realizar o diagnóstico da síndrome do olho seco. É preciso levar em conta o histórico do paciente, os sintomas apresentados e se ele está incluso no grupo de risco.
A partir daí, o médico pode solicitar exames para medir a qualidade e a quantidade de lágrima. Outra opção é lançar mão de corantes que mostrem as regiões dos olhos que estão ressecadas. Há, ainda, aparelhos modernos que ajudam a identificar o tipo e a gravidade do problema.
Já o tratamento da doença é feito com a aplicação de lubrificantes oculares, isto é, colírios ou pomadas, de acordo com as causas da secura. Em quaisquer casos, é fundamental que o medicamento seja prescrito por um oftalmologista, o qual vai identificar os motivos do distúrbio.
Como prevenir a síndrome do olho seco?
Para você ficar em dia com a saúde ocular, vamos dar dicas importantes de como prevenir a secura nos olhos. Confira a seguir!
- Beba a quantidade adequada de água todos os dias. O líquido faz bem para a saúde dos olhos;
- Deixe a tela do computador um pouco mais baixa que a linha dos olhos. Assim, você força menos a sua vista;
- Higienize diariamente os seus olhos, inclusive os cílios e as pálpebras, de modo a retirar todas as secreções ou resquícios de sujeira;
- Opte por uma alimentação saudável e equilibrada. A ingestão de nutrientes é importante para o bom funcionamento da visão;
- Use óculos de sol com proteção ultravioleta para proteger o globo ocular da radiação e do vento, que pode causar o ressecamento da vista;
- Quando usar o computador ou ler, faça pequenas pausas. A sugestão é olhar para longe, o que também vai contribuir para relaxar a musculatura ocular;
- Não deixe de piscar, o que costuma ocorrer com frequência quando estamos concentrados em uma tarefa. A dica é programar intervalos, a cada hora, para abrir e fechar os olhos por 20 segundos.
Agora você sabe o que é a síndrome do olho seco, quais as causas e os sintomas, como tratar e se prevenir contra a doença. Por fim, recomendamos que consulte regularmente o oftalmologista e o procure de imediato a qualquer sinal de irritação ou incômodo na vista, ok?
E então, gostou do post? Tem ou conhece alguém que tenha secura nos olhos? Deixe seu comentário para nos aprofundarmos ainda mais no assunto!