Leonardo da Vinci escreveu em um artigo de 1508 sobre “envolver os olhos num recipiente cheio de água“, e assim, foi o primeiro a teorizar sobre uma solução para problemas visuais aplicada diretamente aos olhos.
John Herschel, um astrônomo inglês, descreveu já em 1823 uma “cápsula esférica preenchida de gelatina animal”, que deve ser colocada na superfície dos olhos, chegando muito perto do que hoje se entende como lentes de contato.
Mas os primeiros a testarem protótipos para lentes de contato que se deram origem às atuais foram dois oftalmologistas alemães, Adolf Eugen Fick e August Müller, que desenvolveram e testaram seus protótipos paralelamente nos anos 1880, sem saber um do outro. Estas lentes cobriam quase toda a superfície dos olhos (veja na foto), e o próprio médico que a inventou não aguentava mais do que meia hora com ela nos olhos.
Somente em 1936 foi patenteado um material sintético para as lentes de contato, que em 1948 ganharam o tamanho atual, cobrindo somente a córnea. Em 1976 apareceram as lentes permeáveis ao oxigênio, e hoje em dia as lentes que você encontra em qualquer ótica virtual são constituídas de material hidrofílico e água (lembra do que o Leonardo disse?), aumentando ainda mais a permeabilidade ao gás vital O2.
A partir de 2005 foram licenciadas nos Estados Unidos lentes de contato híbridas, que se adaptam melhor aos usuários com ceratocone, uma doença que atinge 1 a cada 2000 pessoas no mundo, ou seja, é bem comum.