A doença ocular conhecida como glaucoma é considerada como a terceira causa de cegueira no Brasil, atrás das cataratas senil e congênita. O nome desta enfermidade designa não só uma doença, e sim, um conjunto delas, cuja consequência é o comprometimento do nervo ótico, com perda de células ganglionares da retina. Muita gente associa o termo glaucoma ao aumento da pressão intraocular, o que em princípio não está errado, mas é apenas um dos aspectos da terceira causa de cegueira.
De fato, o aumento da pressão no interior dos olhos representa um fator de risco significativo de desenvolvimento do glaucoma, mas os danos no nervo ótico podem ocorrer também em pessoas que apresentem baixa pressão intraocular.
O portador de glaucoma deve procurar um oftalmologista tão logo apareçam os sintomas: o mais evidente é a perda da visão, inicialmente periférica e sutil, ou seja, não apenas a acuidade visual que pode ser corrigida com o uso de um óculos de grau.
Uma maneira de realizar um autoexame e testar a visão periférica é fechar um olho e verificar a claridade e a acuidade de todos os quatro cantos da visão periférica. Uma vez verificado o glaucoma, a cegueira pode ser evitada, ou pelo menos atrasada, através do tratamento, normalmente com colírios para regularizar a pressão intraocular. Se mesmo assim a pressão não baixar, existem também tratamentos cirúrgicos.
O certo mesmo é frequentar regularmente o consultório do oftalmologista: uma vez a cada dois anos é o mínimo recomendado para um adulto, mesmo aqueles que não usam óculos de grau ou lentes de contato.